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Fiscais recusam reajuste de 10%

8 de março de 2006

 

Mesmo concedendo, em ano eleitoral, o maior reajuste dos seus quase oito anos de gestão para o funcionalismo público, o governador Jarbas Vasconcelos parece que não conseguiu dobrar os auditores fiscais do Estado. Há mais de um mês em greve, os fazendários mostram-se dispostos a esquentar a briga com a secretária da Fazenda, Maria José Briano. Ontem, um dia depois do anúncio oficial do aumento de 10%, os auditores recusaram a proposta do Governo e vão manter os braços cruzados por tempo indeterminado. A decisão dos profissionais foi tomada durante assembléia geral da categoria, da qual participaram cerca de 700 auditores. Do total de votos, um concordou com o reajuste e outro se absteve.

Até o fechamento desta edição, o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais de Pernambuco (Sindifisco-PE), Jorge Luiz Amaral, estava reunido com o Conselho Fiscal da entidade para formular uma contraproposta que será apresentada, às 10h de hoje, aos fazendários em nova assembléia. A secretária Maria José Briano preferiu não se pronunciar sobre a rejeição que a categoria apresentou à proposta, conforme informou sua assessoria de Imprensa.

Embora tenham perdido força de mobilização diante do avanço tecnológico da cobrança tributária, os fazendários já provocaram queda de arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em dois setores: tecidos, que teve retração de 9,74%, e de atacado de alimentos, de 6%, conforme o gerente de Planejamento e Controle de Ação Fiscal da Secretaria da Fazenda, Alexandre Rebêlo.

A redução aconteceu porque as notas fiscais que estão sendo recolhidas nos 23 postos do Estado pela Polícia Militar não vêm sendo auditadas, atribuição dos fazendários. No entanto, Rebêlo assegurou que a recuperação dos recursos ocorrerá, pois os contribuintes devedores que estão se aproveitando da paralisação para não quitar o débito serão cobrados e multados posteriormente.

Fonte: Folha de Pernambuco

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