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Feriado é fantasia de carnaval
19 de fevereiro de 2006Carnaval. Quatro dias de festa e nenhum trabalho. Afinal, os dias de folia são feriados no Brasil. São momentos de se esbaldar ao som do frevo, sem cartão de ponto ou chefes cobrando o serviço que está atrasado. Certo? Errado. Contrariando a tradição, no país onde a maior festa popular do mundo é comemorada em todos os estados a legislação não considera o carnaval como feriado. A lei nº 662, de 1949, que trata do assunto, estabelece no calendário oficial nacional apenas oito feriados. E, acreditem, a folia de Momo não está entre eles.
“É claro que na prática, por se tratar de uma tradição, a coisa muda um pouco de figura. Mas, legalmente carnaval não é feriado. Não há legislação que considere os quatro dias de folia como feriado”, comenta a diretora de Assuntos Trabalhistas da BRK Auditoria e Consultoria, Sofia Kaczurowski. De acordo com ela, a lei define como feriado os dias 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.
A legislaçãoé um pouco mais branda em relação aos servidores públicos. Esses foram favorecidos e têm a segunda e a terça de carnaval consideradas feriado. Já a quarta-feira de cinzas é considerada ponto facultativo para todos até às 14h. “As empresas particulares têm horários difenciados e costumam requisitar os funcionários. Mas, tem que haver bom senso por parte do empresariado. Afinal, ninguém quer perder a festa”, pondera a diretora.
Foliões autênticos, Rodrigo e Lara Laranjeira procuram organizar os horários de trabalho para tentar aproveitar a festa. Formado em administração de empresas, Rodrigo trabalha em uma distribuidora de gás. No sábado de Zé Pereira, dia do Galo da Madrugada, vai estar no “batente”. No domingo, a partir da 7h da manhã, Lara, que é médica, inicia um plantão de 24 horas em um hospital público. Na segunda-feira, será a vez de Rodrigo voltar ao trabalho.
“Fica difícil conciliar os afazeres com a diversão neste período de carnaval, principalmente porque gostamos muito da festa. Mas, trabalhoé trabalho. Temos que cumprir com as nossas obrigações”, diz o administrador de empresas. Lara lamenta não ter mais tempo livre como no passado para desfrutar da festa que tanto gosta. Ainda assim, entende que na sua profissão não há como parar quando a população mais precisa. “Ainda que a lei permitisse, a saúde não poderia esperar. Nós teríamos que dar plantão do mesmo jeito”, atesta.
Fonte: Diário de Pernambuco
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