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Fator previdenciário é a bola da vez
20 de setembro de 2014A etapa de batalhas trabalhistas na guerra eleitoral se mostra longe do fim. Em uma semana marcada por embates em torno do tema, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência, acrescentou ontem um novo componente. Na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ele disse, ao elencar uma série de propostas, que pretende discutir o fim do fator previdenciário, um tópico dos mais polêmicos.
A regra foi criada em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, para postergar as aposentadorias, reduzindo o benefício de quem reivindica o benefício cedo e aumentando o valor de quem espera mais alguns anos para deixar o mercado de trabalho. Em 2009, o Congresso aprovou o fim do fator, que foi, porém, vetado pelo presidente Lula. Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB não se pronunciaram sobre esse tópico ainda.
“Assumi o compromisso de um diálogo permanente com os líderes dos trabalhadores brasileiros de todos os segmentos, o que vai nos permitir encontrar alternativas, ao longo dos anos, para acabar com o fator previdenciário”, anunciou o senador mineiro.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que as centrais sindicais já têm propostas para a substituição do fator e pretendem apresentá-las assim que o novo governo tomar posse, na primeira semana de janeiro. “Conseguir aprovar essa mudança vai depender da nossa pressão. Haverá esforço da equipe econômica para manter a regra atual”.
Nesta semana, Dilma acusou Marina de defender propostas que resultarão no fim de direitos trabalhistas. O programa da candidata do PSB fala em “alguns ajustes” na legislação e a candidata tem falado em “atualização” das regras. Ela rebateu, porém, os ataques de Dilma, a quem acusou de fazer “marketing selvagem”.
O cientista político David Fleischer afirmou que a campanha negativa em torno de temas trabalhistas deverá continuar nos próximos dias. “Cada candidato vai tentar jogar no outro a imagem de ser contra o trabalhador”.
O economista José Antonio Sant’Ana, assessor da liderança do PSB na Câmara dos Deputados, explicou que o fator previdenciário não integra o programa de Marina Silva e a bancada do partido é dividida sobre o tema. “Uma parte dos parlamentares defende que é preciso tomar cuidado com a mudança, para não punir as contas públicas. Outra acha que isso deve acabar de qualquer maneira, e o governo tem que resolver.
A campanha de Dilma foi procurada e não se manifestou sobre o fator previdenciário. Um dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmou que a pauta trabalhista da central será discutida com o governo após as eleições. “Aécio Neves não defenderá os direitos dos trabalhadores e Marina Silva tem emitido sinais contraditórios nessa área”, disse o dirigente.
Fonte: Diario de Pernambuco
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