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Farmácia popular rende R$ 611 mi

3 de setembro de 2012
Os problemas na saúde pública não são novidade para quem precisa do Sistema Único de Saúde (SUS). A rede privada, antes alheia a essas questões, vem se igualando cada vez mais, principalmente pela falta de estrutura das operadoras de saúde. O fato é que, agora, um sistema está cada vez mais dependente do outro. Mas isso não é de total negativo. Às vezes, essa relação de submissão pode beneficiar o principal “moinho” deste setor: o paciente consumidor. Há seis anos, isso vem sendo comprovado pelo “Aqui tem Farmácia Popular”, quando o Ministério da Saúde reembolsa financeiramente as farmácias privadas que integram o programa.
 
De acordo com o ministério, de janeiro a junho deste ano já foram faturados mais de R$ 611 milhões pelo programa nas mais de 20 mil farmácias credenciadas em todo o País. E neste mesmo período, já foram repassados aos estados e municípios mais de R$ 31 milhões para a manutenção das unidades. “O orçamento do Programa Farmácia Popular para o ano de 2012 é de R$ 1,1 bilhão”, contabiliza o ministério. Para as farmácias privadas que participam do programa, o lucro pode chegar a até 70% do faturamento do mês.
 
Com o mote “Saúde não Tem Preço”, 14 medicamentos para hipertensão, asma e diabetes são ofertados gratuitamente nas farmácias. Outros 100 remédios para o tratamento destas e de outras doenças, além de contraceptivos, são ofertados com até 90% de desconto. A diferença é paga pelo consumidor. Para se ter uma ideia do desconto, o comprimido de paracetamol sai ao preço de R$ 0,09 e o de dipirona, R$ 0,70.
 
A parceria entre o público e o privado acontece da seguinte forma: a farmácia compra os remédios no fornecedor ao preço original de mercado. No fim do mês, ela envia ao Ministério da Saúde a relação das notas fiscais com a saída dos produtos que integram o programa. A partir disso, o ministério faz o ressarcimento. “Apesar de o preço ressarcido ser inferior ao valor de tabela do mercado, é possível chegar ao lucro por causa do volume. Sem contar que, normalmente, o consumidor que vai à farmácia compra outros itens das prateleiras”, avalia o diretor da MSD Assessoria Empresarial e Financeira, Marcio Duque. Ele diz que a faixa do programa é a principal porta de entrada para chamar a atenção do consumidor à farmácia.
 
Números atualizados mostram que Pernambuco conta com 200 farmácias particulares credenciadas no projeto. Deste total, 57 estão localizadas na Região Metropolitana do Recife (RMR). “O programa vem sendo tão bem sucedido que só este ano oito milhões de brasileiros já foram beneficiados. É a prova de que as saúdes pública e privada podem andar de mãos dadas, em benefício de todos”, opina Duque.
 

Quem sofre de doenças crônicas e precisa tomar os mesmos medicamentos durante muito tempo conhece o programa. Em 2004, o Ministério da Saúde desenvolveu o projeto para oferecer à população o acesso aos medicamentos a preços populares e até mesmo de forma gratuita, por meio de unidades próprias administradas pelo Governo Federal. Em 2006, o programa foi ampliado, chegando às redes privadas de farmácias, com o nome de “Aqui Tem Farmácia Popular”. “Vale ressaltar que o critério para ter acesso aos remédios não é ser de baixa renda, mas sim ter a receita prescrita pelo médico, com validade de até 120 dias”, pontua Duque. 

Fonte: Folha de Pernambuco

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