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Estado terá projeto de R$ 500 milhões

11 de fevereiro de 2006

A decisão do negócio já está tomada. O grupo cearense M.Dias Branco vai construir um complexo industrial no Porto de Suape, integrado por um moinho, uma fábrica de massas, uma unidade de biscoitos e uma central de distribuição, com investimento estimado em R$ 500 milhões. O que falta para bater o martelo e começar a construção são acertos sobre a concessão dos incentivos fiscais para o projeto. Ontem, uma comitiva liderada pelo governador Jarbas Vasconcelos visitou o complexo industrial da M.Dias Branco em Aratu, na Bahia. Na próxima terça-feira, diretores do grupo vêm a Pernambuco para discutir os benefícios que pleiteiam e ouvir um posicionamento do governo do estado.

  O diretor comercial da Divisão de Moinhos da M.Dias Branco, Luiz Eugênio Pontes, diz que a empresa espera obter em Pernambuco incentivos fiscais semelhantes aos oferecidos por outros estados do Nordeste onde o grupo tem operações, a exemplo da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. “Também recebemos proposta do governo de Alagoas, mas Pernambuco oferece condições mais adequadas ao nosso projeto”, ponderou.

  O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Alexandre Valença, afirmou que o estado tem condições de oferecer ao grupo cearense 75% de rebate sobre o valor devido de ICMS por um período de até 12 anos, respeitando as regras do Prodepe (Programa de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) para as indústrias instaladas na Região Metropolitana do Recife. Pontes admitiu que a proposta do governo é atrativa, mas afirmou que prefere ampliar as discussões. O projeto pode gerar entre 1,2 mil e 1,5 mil empregos diretos no estado.

  Além da disputa pelos incentivos, o grupo cearense também vai enfrentar a reação do mercado de massas e biscoitos em Pernambuco, que teme a perda de competitividade das empresas locais, com a chegada da gigante M.Dias Branco. A principal queixa é o fato de a companhia ter a produção verticalizada, fazendo desde a moagem do trigo até a fabricação de massas e biscoitos. “Atuamos com sistema integrado de produção em todos os estados em que estamos presentes e isso não foi motivo de quebradeira da indústria local em nenhum deles”, argumenta Eugênio Ponte.

  Em Aratu, o grupo conta com o parque industrial mais moderno do grupo, utilizando tecnologia suíça. Além do moinho, com capacidade para processar 70 mil toneladas de trigo por mês, o grupo tem uma fábrica de cinco pavimentos, com área de 250 mil metros quadrados e um terminal de cargas com três berços de atracação e projetado para armazenar até 80 mil toneladas.

Fonte: Diário de Pernambuco

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