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Entidades contestam levantamento do Ipea

28 de dezembro de 2006

 

A gerente da Gerência Econômico-Financeira da ANS, Cristiane Vidigal Lopes, contesta o estudo do Ipea. Ela destaca que a variação do teto do reajuste autorizado pela agência reguladora entre maio de 2001 e abril de 2005, de 42,95%, ficou no mesmo patamar da inflação geral apurada pelo IBGE de 43,4%. “A inflação do grupo saúde está acima da Fipe, mas está abaixo do índice do Dieese”, diz. A técnica alega que não existe ligação direta entre a variação dos custos do setor de saúde com o reajuste anual das mensalidades dos planos.

A Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge), que reúne as operadoras de planos de saúde com a maior fatia do mercado, também contestou o estudo do Ipea. Para o presidente da entidade, Arlindo Almeida, os dados do instituto não estão bem apurados. Ele reforça que os custos do setor de saúde suplementar são crescentes e não decrescentes.

O presidente do Instituto Brasileiro dos Direitos dos Usuários de Saúde Suplementar, Luiz Toro da Silva, defende mudanças na metodologia do reajuste dos planos individuais e familiares. Em sua opinião, a ANS deveria utilizar o índice anual regionalizado e por empresa. “Hoje a ANS tem o controle preciso dos custos das empresas e poderá adotar o novo modelo a partir de 2007”, diz.

A ANS estuda modificações no cálculo das mensalidades dos planos de saúde, mas as mudanças não devem ser adotadas em 2007. Cristiane Vidigal confirma que a agência tem alguns estudos sendo amadurecidos. Um deles é a definição do índice a partir de uma pesquisa dos custos das operadoras e preços dos prestadores de serviços.

Outra proposta em estudo é a portabilidade de carência. O usuário insatisfeito com o índice de reajuste poderia mudar de empresa sem cumprir novas carências.

Fonte: Diário de Pernambuco

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