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ENERGIAconta

30 de março de 2007

O presidente da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Ranilson Ramos, defendeu ontem uma diminuição das perdas da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que entram no cálculo da conta de luz. As perdas incluem a energia que é roubada (os macacos) e é cobrada de todos os consumidores da distribuidora. “Se houvesse uma diminuição das perdas, isso poderia resultar numa redução de 2% a 3% no preço da conta de luz”, comentou ele.

A argumentação de Ranilson é que a diminuição das perdas poderia ser aceita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já que uma parte das perdas que não são técnicas – a energia que é roubada – está ocorrendo em consumidores que não são de baixa renda e que teriam condições de pagar por ela. A Aneel é quem define o preço da energia.

“A Celpe disse, na argumentação apresentada à Aneel, que a energia desviada (roubada) ocorre por causa da concentração de morros e favelas e que são lugares difíceis de combater este tipo de fraude por causa da violência. No entanto, esta tese não é válida, porque um estudo feito pela Arpe mostra que quem está desviando mais energia são os ricos”, afirmou.

Segundo Ramos, as perdas não técnicas – o volume da energia que é roubada – é de 15% nos consumidores de baixa renda e de 36% nos consumidores que não são de baixa renda.

A proposta defendida por Ramos foi encaminhada, por escrito, à Aneel pelo governo do Estado entre as sugestões para diminuir o preço da conta de luz. O estudo da Arpe é de 2005 e já foi apresentado à Aneel. Na época, a Aneel não reduziu as perdas da Celpe.

Fonte: Jornal do Commercio

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