As entidades empresariais de Pernambuco vão recorrer ao governador José Mendonça Filho para tentar barrar a alta média de 16,66% nas tarifas cobradas pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) ao setor. Durante reunião realizada ontem à noite na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), da qual participaram 14 órgãos classistas, ficou decidido que será elaborado um documento relatando as dificuldades que serão enfrentadas pelo setor após o reajuste. “Mostraremos que o percentual vai pesar significativamente para as entidades de classe. É um movimento para alertarmos sobre as perdas que podem acontecer”, disse o presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real.

Côrte Real acrescentou que, além da visita, as lideranças empresariais também tentarão negociar uma alternativa junto à Celpe e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Em última instância, não hesitaremos em recorrer à Justiça”. Para ele, os setores mais atingidos pelo reajuste serão o de alimentos, com uma elevação estimada em 11,33%; o químico/farmacêutico, com alta prevista em 10,67%, e a construção civil, responsável pelo maior número de empregos diretos do Estado, que deve ter impacto de 4% nos seus custos.

Hoje, os deputados da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor vão recomeçar a “peregrinação” nos órgãos do Poder Judiciário na tentativa de suspender. A primeira reunião dos parlamentares será ao procurador Francisco Sales. O encontro com o representante máximo do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) está agendado para às 14h30.

Na semana que vem será a vez de recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF) para verificar a situação do julgamento do mérito da ação que tramita no órgão, relativa ao aumento do ano passado, de 24,43%. O presidente da frente, deputado Sérgio Leite (PT) explicou que a idéia é encontrar medidas legais “contra o reajuste abusivo”.

Fonte: Folha de Pernambuco