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Eduardo culpa Lyra e União

19 de junho de 2014

Um dia após a polêmica ação da Polícia Militar no terreno do Cais José Estelita, o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB) decidiu se pronunciar. Mesmo sem citar uma única vez o nome do governador João Lyra Neto (PSB), o socialista jogou no colo do sucessor as consequências do ato, que ganhou repercussão nacional. Eduardo defendeu o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), um dos seus principais afilhados políticos no Estado.

Apesar de destacar que o governo estadual cumpriu uma determinação judicial, Eduardo fez críticas veladas ao atual governador quando disse que na sua administração as intervenções eram feitas de forma "pacífica". "Fui governador sete anos, tive que dar suporte a diversas ordens judiciais e tínhamos um protocolo de como fazer isso, que passava pelo envolvimento do próprio Ministério Público. Avisávamos aos advogados da parte e, inclusive, fazíamos toda a filmagem para proteger as pessoas ", afirmou.

Nos bastidores, há um movimento para responsabilizar João Lyra pelas consequências do episódio, estratégia para não prejudicar a campanha presidencial. No mesmo dia da ação policial, o prefeito Geraldo Julio declarou que não estava sabendo da decisão.

Eduardo preferiu resguardar a imagem de Geraldo, alegando que o prefeito estava em busca do diálogo com a sociedade. O presidenciável ainda jogou para a União a responsabilidade sobre o projeto Novo Recife. "O terreno foi vendido pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) sem articulação com a prefeitura e com o Estado", contou.

No Palácio do Campo das Princesas imperou a versão oficial de que o governador só agiu em cumprimento a uma ordem judicial. O secretário da Casa Civil, Luciano Vasques, disse inclusive que João Lyra está à disposição da prefeitura para ajudar na negociação aberta sobre o Novo Recife, devolvendo a crítica feita por Geraldo Julio. "Cabe ao prefeito cuidar dessa questão, não ao governador. Mas estamos abertos a colaborar", frisou. Fonte ligada ao governador disse, porém, que se houve divergência, ela partiu do prefeito, que escolheu dizer em público que não sabia da reintegração naquele dia, condenando a ação da PM.

BOLSA FAMÍLIA

No Rio, ao lado da ex-senadora Marina Silva e do deputado Romário (PSB-RJ), Eduardo atribuiu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a criação do Bolsa Família, quando disse que o ex-presidente Lula (PT) apenas unificou programas da gestão anterior. Eduardo visitou o Morro da Mangueira. Desconhecido, chegou a ser confundido com o ex-deputado Chiquinho da Mangueira.

Fonte: Jornal do Commercio

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