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Eduardo critica Prodepe em palestra

13 de setembro de 2006

 

O candidato da coligação Frente Popular de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) colocou em xeque ontem o formato do Prodepe (Programa de Desenvolvimento Econômico do Estado) gerenciado pelo governo do estado. Numa palestra promovida pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), o socialista prometeu desvendar o suposto mistério da “caixa preta” do programa, que foi criado para dar incentivos fiscais a empresas que se instalarem em Pernambuco. “Nós não temos clareza de quem são as empresas que são incentivadas, quantas são, quantas foram retiradas ou mantidas no Prodepe. Isso precisa ficar claro na Internet assim como pretendo fazer com as contas do estado”, explicou o candidato em entrevista à imprensa.

As colocações do socialista surgiram a partir de uma pergunta formulada pelo representante da indústria farmacêutica e de cosméticos de Pernambuco, Felipe Coelho. O empresário perguntou se Eduardo manteria a política industrial do Prodepe caso fosse eleito. Durante sua fala, Flávio alegou que era injusto ogoverno dar incentivo fiscal a quem vem de fora quando tem no estado empresas que fabricam os mesmos produtos e pagam tributos sem nenhuma redução de impostos.

Ao responder a pergunta do industrial, Eduardo assegurou que era preciso verificar se os empreendimentos instalados no estado estavam de acordo com o que foi escrito no papel. “Essa caixa preta do Prodepe eu vou colocar à disposição da sociedade. Quem quer ter incentivo fiscal tem que ser transparente”, afirmou. Durante o evento, o socialista recebeu do presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, as propostas da indústrias de Pernambuco para os candidatos ao governo do estado.

Eduardo também falou sobre o papel da Sudene e a necessidade de se colocar o Nordeste de maneira unificada para evitar a disputa desnecessária entre os estados. “É preciso integrar as cadeias produtivas como um todo”, disse Eduardo. Ele abordou também sobre política de habitação, a precariedade na educação, a falta de segurança pública e a renegociação de débitos fiscais de empresas, o Refis. “Tem que se diferenciar quem é sonegador de quem está inadimplente. É preciso analisar as contas do estado. O estoque da dívida está enorme”, afirmou.

Alunos – O outro evento da agenda de Eduardo Campos foi realizado na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). O candidato se reuniu rapidamente com diretores de centro da faculdade e em seguida participou de um debate com estudantes. O auditório do Bloco G, com capacidade para 500 pessoas, estava lotado. Também foi colocado um telão no térreo para que ninguém perdesse o debate e a apresentação de propostas do candidato socialista.

Eduardo estava acompanhado do candidato à primeira suplência ao Senado de sua chapa, Ariano Suassuna. O escritor foi aplaudido efusivamente pelos alunos quando teve seu nome chamado para compor a mesa.

Fonte: Diário de Pernambuco

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