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Dólar retoma queda e fecha a R$ 2,071

5 de maio de 2006

 

O dólar comercial manteve-se em queda durante praticamente todo o dia. Variou da mínima de R$ 2,059 à máxima de R$ 2,082 e fechou em baixa de 0,09%, a R$ 2,071. “A tendência das cotações ainda é de desvalorização, devido fortemente ao fluxo de entrada de divisas no mercado, que continua elevado”, afirma Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK. Esses recursos são tanto provenientes de transações comerciais – o superávit da balança brasileira até abril é de US$ 12,43 bilhões – quanto destinados a aplicações financeiras, já que o nível de juros do Brasil é muito atraente para os investidores estrangeiros. O risco-país subiu para 215 pontos.

A melhora da economia brasileira também explica a recente desvalorização da moeda norte-americana. “O dólar não tem muito espaço para subir, porém vamos presenciar no curto prazo pausas no seu movimento de queda ou ligeiras altas de acordo com as notícias que saírem, especialmente as que dizem respeito aos juros nos EUA”, explica Miriam. Quando as taxas de juros dos EUA sobem, atraem investidores que abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro em busca de menores riscos, daí a sua elevação provocar nervosismo.

Todas as atenções ficaram voltada para o cenário externo. Animando os investidores em Nova Iorque, o petróleo caiu fortemente, para perto dos US$ 70. Os rendimentos dos treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) ficaram nos 5,15% ao ano.

As cotações da moeda norte-americana diminuíram um pouco a baixa, ontem, no meio da tarde, quando o Banco Central anunciou um novo leilão de compra de divisas no mercado à vista. Nos primeiros quatro meses deste ano, o BC comprou cerca de US$ 10 bilhões. “Se não tivesse agido, certamente teriam acontecido quedas mais acentuadas”, diz Miriam. Mas essas atuações também não têm sido suficientes para mudar a trajetória de desvalorização. Para isso, ou o cenário macroeconômico interno ou o ambiente externo teriam que se deteriorar muito.

Embora o dólar baixo seja cada vez mais prejudicial para os exportadores, também não há muito mais espaço para o BC agir. Quando compra dólares, ele coloca mais reais em circulação, e esse impacto na base monetária do País pode ser perigoso. “É preciso equilibrar isso com cuidado”, afirma Miriam. Nos próximos dias, as cotações devem oscilar entre R$ 2,05 e R$ 2,10. O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,30 e o turismo caiu 0,92%, para R$ 2,15.

A Bovespa chegou à máxima de 41.257 pontos durante o dia, mas diminuiu o ritmo no final do pregão e fechou aos 40.975 pontos, com elevação de 0,13% e giro de R$ 3,090 bilhões. “As ações que são as mais negociadas da Bovespa, as da Petrobras e da Telemar, terminaram o dia com desempenho um pouco pior do que pela manhã, daí a desaceleração da alta da Bolsa”, afirma Gustavo Figueiredo, operador da corretora Socopa.

Fonte: Jornal do Commercio

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