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Dólar atinge maior valor em dez anos

11 de fevereiro de 2015

Após flertar com a barreira de R$ 2,84, o dólar recuou levemente no final da sessão de ontem, mas ainda assim fechou no maior patamar desde novembro de 2004. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com alta de 1,56%, a R$ 2,823. É o maior valor desde 10 de novembro de 2004, quando a moeda fechou a R$ 2,825.

O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, encerrou o dia de ontem com avanço de 2,08%, cotado a R$ 2,836, no maior nível desde 8 de novembro de 2004, quando fechou a R$ 2,837.

Fatores internos e externos pressionaram a moeda americana. Do exterior, pesaram China, Grécia e Estados Unidos. Na China, a inflação anual ao consumidor atingiu a mínima de cinco anos em janeiro, enquanto a deflação ao produtor piorou destacando o aprofundamento da fraqueza na economia. Os dados também aumentam a pressão sobre as autoridades para injetarem mais estímulo com o objetivo de sustentar o crescimento.

A China é um importante parceiro comercial de emergentes como o Brasil. Qualquer desaceleração no país asiático aumenta a aversão ao risco em torno dos emergentes.

A Grécia contagiou o mercado cambial principalmente no início dos negócios, com a incerteza em torno de uma solução para sua crise. A situação causa temor de que o país saia da zona do euro, aumentando as preocupações de investidores. Em relatório, Marco Antônio Barbosa, analista da CM Capital Markets, lembra que a saída da Grécia tem aspecto simbólico relevante, pois pode levar outros países a adotarem a mesma solução.

No meio do pregão, porém, as tensões diminuíram após o anúncio de uma reunião de emergência hoje entre os ministros de finanças da zona do euro em busca de um acordo sobre a dívida grega.

Outro fator que impactou o dólar foi a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevar suas taxas de juros antes de junho.

FATOR BRASIL

Para Carlos Pedroso, do Banco de Tokyo-Mitsubishi, o componente interno não pode ser desprezado. "Há uma conjuntura econômica bastante complicada, com risco de racionamento de água e de energia e a percepção de que um ajuste fiscal será difícil de ser feito", avalia. "Mas tem muita coisa em aberto ainda. Vai ter Carnaval, o que faz com que o investidor adote posições defensivas para que, na volta, não seja pego de surpresa. Tem esse tipo de movimento que influencia o preço", ressalta.

O BC deu continuidade às atuações diárias no mercado de câmbio nesta terça-feira e vendeu 2 mil contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 600 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.400 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,8 milhões.

O BC também vendeu a oferta integral de 13 mil contratos de swap para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 42% do lote total.

Fonte: Jornal do Commercio

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