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Dívida pública atinge R$ 984,93 bi

16 de fevereiro de 2006

BRASÍLIA – A venda recorde em janeiro de R$ 40 bilhões de papéis do Tesouro Nacional corrigidos pelo IPCA – índice oficial de inflação – garantiu uma melhora nos principais indicadores da dívida interna do governo em títulos, que fechou o mês em R$ 984,93 bilhões. Apesar do aumento de R$ 5,27 bilhões do estoque (0,5% sobre o valor de dezembro), a dívida chegou ao final de janeiro com a menor participação de títulos indexados pela taxa Selic desde outubro de 2001: 49,48%. Por outro lado, os papéis corrigidos pelo IPCA e pelo IGP-M, considerados de menor risco para o governo, ganharam espaço, aumentando a sua participação de 15,53% para 19,15% do total da dívida, uma marca recorde.

A chamada dívida cambial (considerando os títulos e também contratos de swap vinculados à taxa de câmbio, que são operados pelo Banco Central, ) foi zerada em janeiro e o governo em vez de devedor, passou a ser credor do mercado, em dólares, em valor equivalente a R$ 5,56 bilhões. A zeragem da dívida cambial interna já havia sido prevista no mês passado pelo BC e foi possível com o resgate dos papéis atrelados à moeda norte-americana, a valorização do real e os leilões diários de contratos de “swap cambial reverso”, que funcionam, na prática, como uma compra de dólar no mercado futuro.

Outro indicador positivo divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda foi a diminuição da parcela da dívida de curto prazo, aquela que tem vencimento em no máximo 12 meses. Ela caiu de 41,64% para 40,57% do total. Esse é um dos indicadores observados pelas agências internacionais de classificação de risco para avaliar a solvência financeira dos países.

A expectativa do governo é de que esse conjunto de novos indicadores favoráveis impulsione uma melhora ainda maior da avaliação da economia brasileira, que ganhou força com o anúncio da recompra de parte da dívida externa e dos estudos para a isenção do Imposto de Renda sobre aplicações de investidores estrangeiros em títulos públicos. Essas notícias fizeram o risco país despencar nos últimos dias.

Segundo os dados divulgados ontem, o estoque da dívida aumentou, apesar de o Tesouro e o BC terem feito um resgate líquido (emissões menos resgates) de R$ 7 bilhões. Isso porque a conta de juros, no mês, chegou a R$ 12,2 bilhões. O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Ronnie Tavares, informou que R$ 24,3 bilhões dos R$ 40 bilhões dos papéis corrigidos pelo IPCA vendidos em janeiro foram pagos pelos investidores com outros títulos corrigidos pela taxa Selic, chamados de LFTs, e que tinham prazos de vencimento mais curtos.

Fonte: Jornal do Commercio

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