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Dilma extinguirá dez ministérios

25 de agosto de 2015

o governo cortará, até o final de setembro, dez dos atuais 39 ministérios. O anúncio foi feito ontem pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, após reunião de articulação política com a presidente Dilma Rousseff. A definição do novo cenário ainda está em construção. A tendência é que a Secretaria de Relações Institucionais seja extinta e suas atribuições passem para a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. As Secretarias de Políticas para Mulheres e de Igualdade Racial devem ser agregadas à de Direitos Humanos. Já o Ministério da Pesca pode se fundir com o da Agricultura. Em entrevista para falar da reforma, Dilma revelou que somente em novembro, após estar reeleita, que o governo percebeu a gravidade da situação. 

Barbosa anunciou também cortes nos cargos comissionados, hoje em 22 mil, revisão de contratos de água e luz e venda de imóveis da União. A reforma enxugará cerca de 5% o desses comissionados. O deputado José Guimarães (PT/CE), líder do governo na Câmara e um dos participantes da reunião, disse que detalhes da reforma estão sendo discutidos com partidos, empresários e movimentos sociais, e negou que a mudança privilegiará determinadas legendas. 

Para o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, a sinalização é positiva, mas é preciso cautela para avaliar o impacto. “Redução de órgão sempre abre espaço para algum tipo de economia. Mas se for anunciada apenas uma realocação, sem modificação de gastos, não resolve”, alerta. O também economista e especialista em finanças públicas Mansueto Almeida acredita que a decisão do governo é positiva. “Vai na direção correta e é bom. Mas não significa que estaremos mais perto de cumprir a meta fiscal neste ano ou no próximo”. Segundo ele, desde o início do governo do PT foram criados mais 4,4 mil cargos em comissão no país até abril. Pelos cálculos do economista, ainda que todos esses cargos fossem extintos, voltando ao patamar de 2002, a economia anual seria de R$ 600 milhões – apenas 0,27% dos gastos do governo com pessoal no ano passado.

José Guimarães acrescentou que a reforma anunciada era um clamor de todos os críticos e, maior do que o impacto financeiro, é o impacto político da medida. “O governo vai cortar na própria carne”, declarou. Ele disse que o governo precisava “fazer sua parte” e que vai se dedicar a discutir com a base aliada, partidos e movimentos sociais os termos da reforma para “não criar embaraços”.

Fonte: Diario de Pernambuco

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