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Dilma e Marina polemizam

10 de setembro de 2014

Esquentam os ânimos entre as campanhas da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) à medida que os números das pesquisas indicam uma disputa acirrada entre as duas. Ontem, tendo como as relações institucionais com os bancos, Dilma e Marina voltaram a "bater boca" através da imprensa. Pela manhã, em Betim, Minas Gerais, Marina acusou o governo petista de dispensar tratamento privilegiado ao setor, criando a "bolsa banqueiro". A resposta veio rápida. Em São Paulo, Dilma lembrou o apoio da empresária Neca Setúbal, herdeira do Itaú, e devolveu: "Eu não tenho banqueiro me apoiando e me sustentando".

Ontem, a campanha pela reeleição de Dilma começou a veicular inserções afirmando que, com a proposta de dar autonomia formal ao BC, Marina quer dar aos bancos "um poder que é do presidente e do Congresso eleitos pelo povo". Foi o bastante para irritar a pessebista. "Ela (Dilma) disse que ia ganhar para baixar os juros. Nunca os banqueiros ganharam tanto como em seu governo. Agora, eles que fizeram a bolsa empresário, a bolsa banqueiro, a bolsa juros altos, estão querendo nos acusar de forma injusta em seus programas eleitorais", declarou Marina.

Na resposta, Dilma se referiu lembro o Banco Itaú e Neca Setúbal, herdeira da instituição financeira, coordenadora e uma das doadoras da campanha da pessebista. A presidente defendeu que o Banco Central já é autônomo. "O Banco Central, como qualquer outra instituição, não é eleito por tecnocrata nem por banqueiros. O Banco Central é indicado sua diretoria por quem tem voto direto. E o que o Congresso faz com o Banco Central? Chama e manda prestar contas. Eu não digo isso porque sonhei com isso, está escrito no programa: autonomia do Banco Central. Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro", afirmou a presidente, durante encontro com blogueiros e defensores da universalização da banda larga.

Além de nominar aliados do governo apontados por suposto envolvimento em corrupção – como os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) -, Marina também usou a Petrobras para atacar o governo federal. "Olha o que aconteceu com a Petrobras. Uma empresa importante, agora vale metade do que valia. Quatro vezes mais endividada e desmoralizada pelo roubo, pela falcatrua em 12 anos de governo do PT. A presidente Dilma tem responsabilidade política. Não adianta querer se esquivar", completou Marina, em referência às declarações da presidente de que não tinha conhecimento da distribuição de propina pela empresa denunciada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que tenta o benefício da delação premiada junto à Justiça.

Fonte: Jornal do Commercio

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