Um dos principais instrumentos de desenvolvimento da região usado pela antiga Sudene foi o Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor). “Ele teve uma importância grande na ampliação da base produtiva do Nordeste. O Finor financiou toda a estrutura de telecomunicações da região, o pólo petroquímico de Camaçari, na Bahia, e as principais indústrias que se instalaram na região entre 1962 e 2001”, contou o consultor da Ceplan e ex-economista da Sudene, Herodoto Moreira.

Nesse período, a Sudene aprovou 3.058 projetos do Finor, dos quais 2.184 foram concluídos, o que significou 71,5% de todos os aprovados. O Fundo liberou R$ 15,9 bilhões para os projetos, que geraram um investimento total de R$ 68,4 bilhões. Na época, o Fundo emprestava uma parte dos recursos para a implementação do empreendimento e o restante saía de outros empréstimos ou recursos da iniciativa privada.

Nos cálculos da antiga Sudene, os projetos do Finor geraram 468 mil empregos na região. Ocorreram desvio de recursos em 53 projetos, que representaram 1,7% na quantidade de projetos aprovados. “Todos esses projetos foram acionados judicialmente na gestão do general Nilton Moreira”, disse Herodoto.

O desvio desses recursos, a guerra fiscal e o esvaziamento político da Sudene foram responsáveis pela extinção da autarquia.

Fonte: Jornal do Commercio