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Custo de ligação pode cair

9 de agosto de 2012
BRASÍLIA e RECIFE – O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que já se discute, dentro do governo e da Agência Nacional de Comunicações (Anatel), a possibilidade de reduzir os custos das chamadas entre celulares de diferentes operadoras. "No lugar de termos um sistema com quatro grandes empresas e algumas menores, que são estanques, cada rede trabalhando separadamente, temos que fazer com que haja interconexão entre elas", disse.
Segundo ele, o baixo custo das ligações feitas entre usuários de uma mesma empresa leva as redes das operadoras à exaustão. "A nossa regulação tem um defeito, porque deixa margem para que as empresas façam isso, porque as tarifas de interconexão são muito altas, ou seja, onera a ligação de uma empresa para outra", explicou.
 
De acordo com Paulo Bernardo, medida semelhante já foi adotada com sucesso na telefonia fixa. "Fizemos essa redução do fixo para o móvel e o preço caiu de R$ 0,45 para R$ 0,31. É importante essa discussão entre aparelhos móveis, porque existe aí o motivo para gerar essas distorções", afirmou.
 
Os altos preços praticados estariam também obrigando os consumidores a utilizarem mais de uma linha para se comunicar com gastos menores. "As pessoas andam com quatro chips e ficam decorando de qual empresa é cada número", completou Paulo Bernardo. Segundo ele, é preciso facilitar a vida do usuário para evitar distorções e tornar os preços mais parecidos, isonômicos, dentro e fora da rede, disse o ministro.
 
A discussão sobre o compartilhamento de rede não é nova, mas ganhou força depois que as empresas passaram a ser pressionadas por melhoria de qualidade. A estratégia de crescimento das operadoras se baseia nas chamadas intra-rede, com preços bem mais baixos do que aqueles praticados quando o cliente precisa ligar para telefones de outras operadoras.
 
RUAS
Nas ruas as vendas de chips continuam abaixo do que os comerciantes giravam antes das polêmicas envolvendo das três operadoras que ficaram impedidas de vender novas linhas durante 11 dias. Sobre a suposta prática da TIM de derrubar as ligações dos clientes Infinity, as opiniões se dividem. "Não acredito nisso porque considero o serviço bom. Ligo muito para Manaus, há cinco anos, para minhas filhas falarem com o pai e a ligação não cai nunca", diz a vendedora Adenilsa Rodrigues.
 
Já a opinião da recuperadora de crédito Girleide Rocha é diferente. "Acredito que essa empresa tem a capacidade de derrubar a linha de propósito. Minha irmã mora no Paraná e há três anos me tornei cliente por causa do plano Infinity (R$ 0,25 por ligação para qualquer TIM do Brasil). Ontem, minha ligação caiu cinco vezes no ônibus. Em vez de R$ 0,25, gastei R$ 1,25", critica.
 
Na saída do Shopping Boa Vista o vendedor autônomo de chips Carlos Rodrigues reparou que nas últimas semanas são as linhas da Vivo que têm mais saída. "A Vivo está crescendo, tem os R$ 0,25 para ligar para o Brasil inteiro também. O pessoal agora quer qualidade", diz.
 
Sobre a mais recente polêmica da TIM, o especialista em telefonia Eduardo Tude, do Teleco, ressalva que o problema existe, "embora não se possa afirmar que a TIM o faça de forma proposital". Para ele, uma solução, neste caso, seria a Anatel estabelecer que, em ocorrendo queda de ligação em planos com cobrança por chamada, não seria cobrada uma nova ligação feita em um prazo de, "por exemplo", dois minutos.

Fonte: Jornal do Commercio

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