Notícias da Fenafisco
Cuidado com o posto clonado
1 de outubro de 2006
Os donos de carro do Grande Recife devem ficar atentos na hora de abastecer o veículo. Postos de combustível das grandes distribuidoras estão sendo pirateados em Pernambuco. Os postos clonados, como são conhecidos esses estabelecimentos no Centro-Sul do País, expõem cores, logotipos e detalhes idênticos aos de marcas famosas, mesmo sem ter vínculo ou autorização das empresas. A semelhança dos clones com os originais vira uma armadilha para o consumidor. O motorista que só compra o combustível pela marca da distribuidora, por exemplo, sai lesado. Paga um valor alto por um produto de origem duvidosa.
As grandes redes distribuidoras estão à caça dos clones e vêm lutando em outros Estados para banir do mercado esses postos, já que a prática é considerada uma ameaça às grandes distribuidoras. Atendendo a um pedido do Jornal do Commercio, o Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), sediado no Rio de Janeiro, fez um levantamento sobre a atuação dos postos clonados em Pernambuco e identificou 24 deles no Estado.
Os estabelecimentos estão espalhados por diversos bairros da região metropolitana e interior. Em periferias e até bairros nobres. As marcas mais copiadas são das bandeiras BR, Shell, Texaco, Esso e Ipiranga.
A reportagem esteve em dois postos apontados pelo Sindicom como clones presentes no Estado. Num deles, na Avenida Perimetral, em Ouro Preto, Olinda, o motorista encontra toda a estrutura da BR. A marca da Petrobras está estampada no teto e pode ser vista a metros de distância. O nome BR, pintado no teto, bem menor, é coberto com um saco plástico preto. O fardamento do funcionário, verde e branco, lembra o usado pelos frentistas da BR. O indicativo de que o combustível vendido ali não é da Petrobras está num pequeno detalhe: adesivos colados nas bombas de combustível indicam que o produto à venda é fornecido por outra distribuidora.
Questionado pela reportagem sobre o fato de a estrutura ser da BR, um funcionário identificado apenas como Marcelo alegou que o posto originalmente foi da BR e ainda hoje possui características do marca. “Pagamos por tudo que está aqui, mas não podemos retirar isso do dia para a noite porque vai haver um custo alto. Somos bandeira branca e vendemos combustível de diversas marcas, inclusive da BR. Não vejo ilegalidade nisso. Tudo é informado ao consumidor. Não estamos aqui para enganar ninguém”, rebateu.
Outro estabelecimento visitado pela equipe do JC classificado como clone fica na Praça da Feira, no bairro de Casa Amarela, Recife. O posto é bem menor. São apenas duas bombas em cima da calçada.
As cores verde e amarela são um cópia fiel do BR. Uma delas está com uma faixa de interdição da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A outra, sem lacre, está aparentemente quebrada. Nenhum responsável pelo posto foi localizado para falar. Um dos comerciantes da região informou que o estabelecimento estava fechado havia dois meses. Ele não soube dizer as razões da interdição, mas adiantou que o posto deve ser reaberto ainda este mês.
Apesar de o número de piratas parecer grande, os especialistas no setor acreditam que a presença de clones pode ser bem maior. “Fizemos um levantamento inicial. São centenas de postos aí (em Pernambuco) e temos a certeza de que o percentual pode aumentar”, explica o gerente de informações do Sindicom, César Guimarães. Na opinião dele, essa prática deve ser combatida, é prejudicial ao mercado, pois cria uma concorrência desleal entre os postos, causa prejuízos para as marcas e lesa o consumidor.
Fonte: Jornal do Commercio
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