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Crescimento lento atrapalha Nordeste

13 de novembro de 2006

 

Para que o Nordeste possa alcançar índices satisfatórios de crescimento, os economistas explicam que é preciso, antes de tudo, resolver os principais entraves da Região. “Começa pelo baixo nível educacional da população. O capital humano é fundamental no novo paradigma de crescimento. Caso contrário, estaremos fadados a crescer pouco”, disse o professor de Economia Regional e Urbana da Faculdade Boa Viagem, José Raimundo Vergolino.

Além dos investimentos em educação, Vergolino defendeu maiores investimentos em infra-estrutura e logística no Nordeste. “As riquezas produzidas na Região saem a um custo elevado por falta de logística e infra-estrutura. A Bahia produz soja, mas não possui ferrovia para escoar a produção. As cidades nordestinas não têm esgotamento sanitário, nem mão-de-obra qualificada para o turismo, por exemplo”, apontou.

As soluções estariam num projeto de desenvolvimento para o Nordeste, gerido pelo Governo Federal, conforme defendeu o técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos (Dirur) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Aristides Monteiro Neto. “O Governo tem que ampliar os investimentos, fazer uma equação fiscal, para liberar recursos para as regiões. É preciso reduzir as taxas de juros e aumentar o crédito governamental ao setor privado”.

Para Aristides Neto, as desigualdades regionais não serão resolvidas só “pelas forças do mercado”, mas sim pela “intervenção do Estado”. “É preciso recompor os instrumentos que o Estado já teve para alavancar o desenvolvimento. Sem investimento e coordenação dos recursos não dá”.

Fonte: Folha de Pernambuco

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