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Crescem as queixas de usuários

29 de agosto de 2014

Antes de completar um ano da venda da carteira de planos de saúde individuais e familiares da Golden Cross para a Unimed-Rio, crescem as reclamações de usuários com dificuldades de atendimento na rede assistencial. Em Pernambuco, a Associação de Defesa dos Usuários de Planos de Saúde (Aduseps) entrou neste período de dez meses com 18 ações na Justiça contra a operadora, para garantir a realização de cirurgias e exames, além de assistência domiciliar (home care) e o fornecimento de remédios aos pacientes crônicos. 

Um dos casos emblemáticos é da aposentada Maria do Carmo Dias, de 78 anos. Ela entrou na Golden Cross há mais de 30 anos. Em outubro de 2013 com a mudança para a Unimed-Rio, teve uma supresa. Portadora de leucemia mielóide crônica, a idosa precisa de medicamentos de uso contínuo e de fisioterapia respiratória, porque contraiu uma infecção bacteriana nos brônquios. Maria do Carmo paga mais de R$ 1.500 de mensalidade e teve o tratamento negado, sob a alegação de falta de cobertura assistencial.

Além de enfrentar o desgaste da doença da mãe, a pedagoga Marília Correia Dias, 54 anos, peregrina no SUS em busca dos medicamentos, e vai entrar com uma ação na Justiça para garantir o tratamento. “É angustiante e triste. A minha mãe paga há mais de 30 anos um plano de saúde. Ela é tratada melhor no SUS”, desabafa. Ontem, Marília esteve na farmácia do Hemope para pegar o medicamento Desatinib, que custa R$ 15 mil, negado pelo plano.

Negativa
“A minha mãe tem que tomar o remédio porque não tem glóbulos vermelhos suficientes. Foi negado o medicamento e a fisioterapia em casa. Se o remédio não for liberado em tempo, ela terá que fazer uma transfusão de sangue. Você fica desesperada como filha e como ser humano”. 

A coordenadora jurídica da Aduseps, Karla Guerra, diz que o problema maior enfrentado pelos usuários da Unimed-Rio é a inadequação da rede assistencial. Segundo ela, as Unimeds atendem prioritariamente com rede própria. “Há também a exigência dos prestadores de uma autorização por escrito para liberar o atendimento. Em outros casos, a operadora autoriza o atendimento, mas nega o material e o medicamento”. Karla destaca que a carteira da Golden Cross que migrou para a Unimed-Rio é majoritariamente de idosos, os mais prejudicados.

Fonte: Diario de Pernambuco

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