Após um mês e 25 dias
indisponível, o sistema de empréstimos consignados para servidores
do Estado voltará a operar na primeira quinzena de janeiro. Dentro
do prazo prometido, a Secretaria de Administração (SAD) de
Pernambuco concluiu ontem a concorrência pública para contratação
da nova empresa que vai gerenciar o serviço. A vencedora foi a Fácil
Soluções Tecnológicas em Informática Ltda., da Paraíba, que
apresentou como proposta R$ 778.464 para prestar o serviço pelo
período de um ano.

A licitação obteve uma série de conquistas,
listou o secretário de Administração, Ricardo Dantas. O prazo
máximo para pagamentos dos empréstimos foi ampliado, passando de 36
para 60 meses e a taxa mais alta de juros sofreu uma redução, de 3%
para 2,5% mensais. O cartão de crédito do servidor também obteve
diminuição de 5,5% para 4,5% nos juros mais elevados. “No mercado,
essas taxas para o cartão variam de 14% a 18%. Simplesmente não
haviam limites como esses em outras concorrências ”, lembrou
Dantas.

A licitação, considerada inédita entre os
Estados brasileiros nos moldes em que foi estruturada, definiu ainda
o valor que a Fácil vai cobrar dos bancos por operação, de R$
0,41. A Zetrasoft, empresa que gerenciava o consignado do Estado até
então, cobrava R$ 1 de cada mensalidade descontada no contracheque
dos servidores. Isso explica a redução nas taxas de juros, pois as
instituições financeiras terão custos menores a partir de agora.

A Fácil, além de disponibilizar atendimento
presencial no Grande Recife e no interior, de call center e oferecer
assessoria jurídica aos servidores, deverá monitorar diariamente um
ranking de 10 instituições com as taxas de juros mais atraentes.
Atualmente, estão habilitadas 28 empresas do setor financeiro a
ofertar consignados.

Estima-se que existem hoje cerca de 145 mil
contratos de empréstimos consignados de funcionários do Estado. Até
então, os servidores estão impossibilitados de tomar novos
empréstimos e até de quitar dívidas. Com o novo regime de
contratação, a SAD anunciou que os débitos anteriores a outubro de
2011 no cartão de crédito poderão ser renegociados em até 120
meses.

Fonte: Jornal do Commercio