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Corpos liberados ao mesmo tempo

15 de agosto de 2014

A pedido da viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, os corpos de todos os ocupantes do avião que caiu em Santos, na última quarta-feira, serão liberados ao mesmo tempo. Os restos mortais das quatro vítimas pernambucanas – Eduardo Campos, Carlos Augusto Ramos Leal Filho, Alexandre Severo Gomes e Silva e Marcelo de Oliveira Lyra – seguirão juntos até o Recife. O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), afirmou que o traslado dos corpos deverá ser feito em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). “Dilma me falou por telefone, colocando à disposição todos os serviços que podem ser feitos pelo governo federal, inclusive os aviões da FAB”, disse. 

Cinquenta pessoas estão trabalhando diuturnamente no IML de São Paulo para agilizar o processo de liberação dos restos mortais – 34 desses são peritos. Ontem à noite, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou que o material genético de  parentes das sete vítimas já se encontrava no IML de São Paulo para ajudar no reconhecimento dos restos mortais.

“Só vamos saber precisamente no sábado pela manhã se foi completado todo o trabalho e dizer o horário que deve haver a liberação. Se tiver completado, no começo da noite estaria tudo liberado”, comentou Alckmin.

O último que faltava era do piloto Geraldo Magela, mas um avião com um perito foi enviado ontem para a cidade mineira de Governador Valadares para fazer a coleta de material genético de parentes de primeiro grau do piloto. Em entrevista concedida em frente ao IML, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) disse que, no caso de Eduardo Campos, não há necessidade de envio de amostra de sangue ou saliva de familiares para São Paulo. O IML do Recife pode processar esse material e enviar apenas as informações genéticas para São Paulo, onde está sendo conduzido o trabalho de identificação.

Saiba mais
 

A identificação dos corpos

70cm é o tamanho das partes do corpo em que deve ser realizado exame de DNA, segundo protocolo da Interpol

48 horas é o prazo para que os corpos comecem a ser liberados

2 perfis genéticos devem ser confrontados. Um retirado das vítimas, outro de amostras de familiares

99,99% é o índice que deve ser atingido entre perfis de DNA para que seja considerado identificado

De onde são coletadas as amostras (vítimas) – por ordem de facilidade de manipulação
1 – músculo
2 – sangue intracardíaco
3 – osso
4 – dente
5 – cabelo

*Coleta depende de disponibilidade e condição da amostra e passa pelo procedimento a seguir, a partir do passo 3

Perfil genético – Passo a passo

1)    COLETA 
Retira-se amostra da mucosa bucal, por raspagem, com um “suabe”

2)    ARMAZENAMENTO  
A amostra é colocada num papel tipo FTA, que mantém a amostra em temperatura ambiente

3)    EXTRAÇÃO 
Amostra recebe soluções baseadas em resina magnética e passa por três equipamentos (centrífuga, termomix e estante magnética) para quebra do núcleo das células.

4)    QUANTIFICAÇÃO 
Solução é colocada num equipamento conhecido como “PCR em tempo real”, que avalia a quantidade de DNA na amostra e se é suficiente para o procedimento pretendido

5)    AMPLIFICAÇÃO 
Solução é colocado em solução “Multiplex”, num termociclador, uma máquina que vai aumentando e diminuindo a temperatura para provocar a multiplicação do código de uma região específica do DNA

6)    GENOTIPAGEM 
Um sequenciador identifica e decodifica o código já multiplicado e traça um perfil genético, uma espécie de mapa, único para cada pessoa

7)    COMPARAÇÃO  
Com perfil da vítima e da família, verifica-se se há coincidência. Carregamos 50% do código genético de nosso pai e 50% de nossa mãe. Verifica-se, nesse caso, se metade de cada “mapa” avaliado corresponde a um nível de 99,99% para atestar a identificação.

Fonte: Diario de Pernambuco

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