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Contas externas têm maior superávit em quase 60 anos

18 de agosto de 2006

 

BRASÍLIA – O elevado saldo da balança comercial em julho fez a conta de transações correntes registrar um resultado recorde no mês passado, US$ 3,043 bilhões, o maior da série iniciada em 1947. Essa conta representa as principais operações financeiras do País com o exterior na área comercial, de serviços e transferência de rendas. Em junho, ela tinha ficado superavitária em US$ 614 milhões e, em julho do ano passado, em US$ 301 milhões.

O superávit da balança comercial em julho, de US$ 5,637 bilhões, o melhor resultado mensal já registrado, e o saldo positivo da conta de transferências unilaterais, de US$ 334 milhões, foram suficientes para cobrir o saldo negativo da conta de serviços e renda, que ficou negativo em US$ 2,927 bilhões.

Já o balanço de pagamentos, que reflete as movimentações de recursos feitas com o exterior, encerrou o mês passado com um saldo positivo de US$ 3,917 bilhões, contra um déficit de US$ 5,009 bilhões em julho de 2005.

O balanço inclui o resultado das transações correntes mais a conta capital e financeira (que representam as operações financeiras do país com o exterior) e o ingresso de investimentos estrangeiros. Em julho, os investimentos estrangeiros somaram US$ 1,587 bilhão.

No ano, a conta de transações correntes acumula um superávit de US$ 6,130 bilhões, uma queda de 21,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o saldo estava positivo em US$ 7,825 bilhões. Já os investimentos estrangeiros somam US$ 8,973 bilhões nos sete primeiros meses do ano. A previsão do BC para o ano é que a entrada desses recursos chegue a US$ 18 bilhões.

O balanço de pagamentos está com um superávit de US$ 12,077 bilhões, contra US$ 4,623 bilhões no mesmo período do ano passado, uma alta de 161,2%. Em relação à dívida externa, o valor estimado para julho é de US$ 156,495 bilhões, uma queda de US$ 10,2 bilhões em relação à posição de março.

Fonte: Folha de Pernambuco

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