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Consultor vai apontar fontes de desperdício

17 de dezembro de 2006

 

O futuro governo de Eduardo Campos (PSB) vai contar com a ajuda de um dos mais prestigiados consultores nacionais para promover corte de gastos e eficiência da máquina. Trata-se de Vicente Falconi, consultor de grandes empresas e governos como o de Minas Gerais, além de ser próximo ao industrial Jorge Gerdau. Falconi esteve ontem fazendo uma palestra sobre eficiência no governo durante a primeira reunião de secretariado de Eduardo Campos.

Falconi é especialista em gestão da qualidade e foi professor da Universidade Federal de Minas Gerais. A missão dele no futuro governo será a de identificar fontes de desperdício e economizar recursos. Ele ficou responsável por elaborar propostas até o final deste mês. “Se o governador aprovar, vamos gastar mais três meses para montar planos de ação. Eu acredito que lá para março ou abril nós teremos planos prontos”, afirmou.

Uma dessas medidas, exemplificadas por Falconi, é o controle e comparação de gastos entre secretarias e órgãos. “São coisas como checar quando uma viatura gasta mais gasolina do que as demais, quando um remédio é comprado por um preço em um órgão e por outro mais caro numa outra organização. São técnicas modernas que visam reduzir despesas desnecessárias, utilizando os recursos de forma melhor para a população”, afirmou.

O discurso de eficiência administrativa já foi incorporado pelos novos secretários Djalmo Leão (Fazenda), Geraldo Júlio (Planejamento) e Paulo Câmara (Administração). Os dois últimos são auditores do Tribunal de Contas (TCE) e prometeram focar na eficiência dos gastos para que sobrem mais recursos para investimentos.

Mas o pacote de consultoria de Falconi também deve incluir medidas de ação fiscal, de forma a combater a sonegação. “Outro ponto importante é correr atrás da sonegação. O sonegador está tirando o dinheiro de que nossas crianças precisam nas escolas, que os nossos doentes precisam nos hospitais. Deve-se melhorar a arrecadação, baixando imposto se for possível, mas correndo atrás das pessoas que não pagam”, afirmou.

A equipe de Falconi participou da elaboração de um comentado estudo apontando que a Previdência poderia ganhar R$ 50 bilhões entre economia de gastos e aumento de receita. O trabalho foi levado para o governo federal diretamente por Jorge Gerdau, que estava cotado para ser ministro da Fazenda. Segundo o consultor, os mesmos princípios que poderiam ser adotados pelo governo federal para melhorar o desempenho da Previdência serão sugeridos para a máquina administrativa de Pernambuco. Além de Pernambuco e Minas Gerais, Falconi também trabalha para Sérgio Cabral, futuro governador do Rio de Janeiro, José Roberto Arruda, Distrito Federal, e Paulo Hartung, do Espírito Santo. Para empresas privadas ele é consultor ou membro do conselho de administração da Gerdau, Ambev, Sadia, Votorantim e Vale do Rio Doce.

Fonte: Jornal do Commercio

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