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Compra da casa própria exigirá uma maior cautela

20 de janeiro de 2015

Cautela é palavra de ordem para quem pensa em realizar o sonho da casa própria agora depois que começou a vigorar o aumento de juros de financiamento imobiliários da Caixa Econômica Federal, principal banco que oferece este tipo de crédito. Com a mudança, as taxas para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e para o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) podem gerar para o mutuário é de até 14,3% nas prestações. As contas são Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec).

Para imóveis acima de R$ 190 mil e abaixo de R$ 650 mil, que se enquadram no Sistema Financeiro de Habitação, os juros, antes entre 8% e 9,15% ao ano, ficaram entre 8,5% e 9,15% ao ano. Já para residências acima de R$ 650 mil, financiadas sempre pelo Sistema Financeiro Imobiliário, as taxas passaram de 8,8% a 9,2% ao ano para 10,2% a 11% ao ano. Parece pouco, mas a diferença no valor final dos contratos fechados até o último dia 16 e dos contratos assinados ontem pode chegar até R$ 200 mil para o mesmo produto. Especialistas indicam aumentar a entrada, reduzir os prazos ou, em último caso, esperar.

“Minha indicação é que vale a pena comprar agora caso você tenha como dar uma boa entrada ou tenha uma boa oportunidade, como um repasse de alguém da família ou de um amigo. Tudo é melhor do que continuar pagando aluguel”, afirma Roberto Ferreira, analista financeiro e professor de economia da Faculdade Guararapes. Ele argumenta que, no caso das pessoas que ainda não se prepararam para a compra, o que significa não ter guardado pelo menos 10% do valor do imóvel e não ter nenhuma unidade em vista, vale a pena esperar até 2017 para realizar essa negociação. “O prazo de ajustes anunciado pelo governo federal é de dois anos. Esperando, essa pessoa já pode ir guardando dinheiro e pesquisando o mercado”, avisa. 

Para André Callou, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), as mudanças não afetarão o mercado local. “Hoje, 55% das novas vendas são de unidades menores, de até 60 metros quadrados. Neste caso, o aumento de taxas fará pouca diferença. O peso maior será em unidades acima de 100 metros quadrados, que ainda são uma parcela pequena dos financiamentos dentro do estado.” Callou ressalta ainda que a indicação da Ademi é que os proprietários reduzam os prazos dos financiamentos, conseguindo, assim, melhores condições. “A ordem agora é pesquisar e negociar mais.”

Fonte: Diario de Pernambuco

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