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Centrais pedem 7,7% de reajuste na tabela do IR

28 de novembro de 2006

 

SÃO PAULO – As seis principais centrais sindicais do País vão propor ao governo a correção de 7,7% na tabela do Imposto de Renda. Se aprovado, o reajuste passaria a valer a partir de 1º de janeiro para os descontos do IR nos contracheques dos assalariados. Pelos cálculos dos sindicalistas, a aplicação do índice de 7,7% zeraria a defasagem em relação à inflação acumulada no governo Lula. Além da correção na tabela, as centrais vão defender a ampliação das faixas de renda e do número de alíquotas do IR. A idéia é criar três novas alíquotas, além das duas já existentes, de 15% e 27,5%.

A proposta, apresentada ontem depois de reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, será levada ao governo nos próximos dias 6 e 7, durante a III Marcha Nacional do Salário Mínimo. Além da CUT, a proposta tem o apoio da Força Sindical, Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB), Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), e Social Democracia Sindical (SDS). “Temos o compromisso do presidente Lula de zerar as perdas dos últimos quatro anos, mas também queremos resolver o problema dos anos FHC, que deixaram uma defasagem de 39,52%”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique Santos.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pela elaboração da proposta, a criação de três novas faixas de renda na tabela do IR serviria para desonerar a parcela mais pobre da classe média, recuperar a progressividade do IR, reorganizando o sistema tributário em bases mais justas. Ao longo dos últimos 30 anos, o IR já chegou a ter 16 faixas de rendimento, com alíquotas que variavam de 4% a 50%.

Segundo o documento das centrais sindicais, além das atuais faixas de 15% (para rendimentos acima de R$ 1.257,12 até R$ 2.512,08) e 27,5% (acima de R$ 2.512,08), seriam criadas mais três alíquotas intermediárias, de 10% (para rendimentos entre R$ 1.354,81 a R$ 2.258, já considerando a correção de 7,7%), 20% (para salários entre R$ 2.258,01 a R$ 4.516) e 25% (entre R$ 4.516,01 a R$ 6.774). Apenas os rendimentos acima de R$ 6.774 recolheriam a alíquota máxima, de 27,5%.

Essas novas faixas de renda e a correção da tabela, pelos cálculos do Dieese, trariam uma economia de até 60% para os contribuintes. “Se o governo quiser mesmo fazer justiça fiscal, terá que mexer nas alíquotas do IR onde está a maior parcela dos contribuintes”, diz Fausto Augusto Júnior, da assessoria técnica do Dieese.

Fonte: Jornal do Commercio

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