O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Jorge Luiz Amaral, afirmou, ontem, ao saber dos resultados da arrecadação de ICMS, que o trabalho da categoria só será efetivamente retomado quando o Estado negociar melhorias salariais. “A crise só vai se aprofundar. Se o Estado quiser parar com isso, que construa uma alternativa. Enquanto isso, estamos cumprindo estritamente nosso dever legal, que é de trabalhar seis horas por dia. Não estamos passando desse horário, tendo concluído ou não o serviço”. Os auditores só voltaram ao serviço por determinação judicial, após mais de um mês de paralisação.

Além de justificar que os auditores não recebem hora extra, o sindicalista também reclamou do valor da diária, de R$ 14; das condições precárias de trabalho nos postos fiscais e da falta de concurso público para repor os quadros. Segundo ele, não é feito concurso público de auditor há 14 anos. “Os postos, que já funcionam de maneira precária por falta de pessoal, não têm balança, por exemplo. No de Xexéu, os caminhoneiros chegam a esperar até 18 horas para ser atendidos. Sem estrutura, ninguém faz esforço para trabalhar”.

A secretária da Fazenda, Maria José Briano, justificou que o Estado fez o possível para negociar, mas que o prazo para a concessão de aumento expirou no último dia 3. “Temos restrições e a responsabilidade de continuar honrando a folha de pagamento do Estado. Aposto na responsabilidade e compromisso dos servidores”, afirmou.

Fonte: Folha de Pernambuco