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Campos defende Sudene e reforma

31 de outubro de 2006

 

O governador eleito Eduardo Campos (PSB)  já começou a definir suas diretrizes para a área econômica do Estado. Durante o anúncio de sua equipe de transição, ontem, o socialista afirmou que vai se articular com outros governadores para a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e pela reforma tributária. Campos cogita, inclusive, a parceria com governadores de correntes políticas adversárias, como Aécio Neves (PSDB), reeleito governador de Minas Gerais e que está articulando uma frente de governadores pela reforma.

De acordo com o novo governador de Pernambuco, a reativação da Sudene é importante para o Nordeste, mas com nova dinâmica. “É preciso controle social dos recursos, para que não haja o que houve no passado, onde parte da elite política e econômica distorceu um instrumento correto de desenvolvimento regional. Os governadores tiveram uma visão atrasada e não viabilizaram a Sudene”, disparou. “Vou conversar com outros governadores para que um compromisso com a unidade do Nordeste em torno de uma Sudene fortalecida”, completou.

A reforma tributária também vai merecer atenção especial de Eduardo Campos. “A ‘elite econômica’ pregava a guerra fiscal como o único instrumento de desenvolvimento que era legado aos nordestinos”, enfatizou. O governador eleito disse ainda que “é preciso melhorar a qualidade do tributo no Brasil, que hoje onera a produção”. Sobre a articulação liderada pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, Campos disse que faria parte dessa frente e de qualquer outra que discuta o assunto. “Tenho consciência de que reforma tributária não se faz para amanhã. Você começa hoje para que ela possa valer daqui a quatro, cinco anos. É preciso começar, o Brasil tem que acabar com essa história de que só se pode fazer reforma se ela valer para amanhã”, completou.

A Sudene  foi extinta em 2001 e depois substituída pela Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), que não vingou. Desde março, a Câmara dos Deputados aprovou em comissão a recriação da Sudene, com foco em incentivos ficais e financeiros para o Nordeste até que a renda per capita da região alcance 80% da média da renda nacional. Mas o projeto está parado em plenário, onde ainda não foi votado.

Já a reforma tributária percorreu todo o primeiro mandato do presidente Lula sob discussão, mas sem acordo. O principal foco é o fim da guerra de incentivos fiscais entre os estados, mas os governadores não entram em acordo com a União sobre os fundos de desenvolvimento regional, que compensariam as perdas de investimentos pela extinção dos incentivos, principalmente nos estados do Norte e Nordeste.

Fonte: Folha de Pernambuco

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