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Caixa aumenta juros do crédito imobiliário

17 de abril de 2015

Brasília – A Caixa Econômica Federal, que detém quase 70% do crédito imobiliário no país, aumentou, pela segunda vez no ano, as taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais contratadas com recursos da poupança. As novas taxas passaram a ser aplicadas nos imóveis que foram financiados desde segunda-feira.

O banco, porém, só confirmou que subiu os juros nesta quinta-feira, 16. A instituição respondeu, em nota, que o aumento de 0,3 pontos percentuais nas taxas foi motivado pela alta dos juros básicos da economia – a Selic, atualmente em 12,75%, patamar decidido há mais de um mês. A última vez que o banco estatal tinha subido os juros do crédito habitacional foi em janeiro, após congelamento que durou todo o ano de 2014.

Como a Caixa é líder isolada no segmento, alterações nas taxas praticadas pelo banco são seguidas pelos concorrentes. O aumento também impacta no ritmo de atividade da construção civil. Para Miguel José Ribeiro, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), “este movimento deverá ser seguido pelos demais bancos, já que a Selic vem apresentando elevação, frente a um ambiente de maior inflação”.

Maior financiadora da habitação no país, a Caixa afirmou, em nota, que, mesmo com o ajuste, continuava oferecendo as melhores taxas do mercado no âmbito do Sistema Financeiro Habitacional (SFH) – imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal; nos demais estados, o teto é de R$ 650 mil.

Na Caixa, a taxa balcão – para consumidores sem relacionamento com o banco – subiu de 9,15% ao ano para 9,45%; para quem já tem relacionamento com o banco (quem é correntista, por exemplo), os juros subiram de 9% para 9,3%. Os clientes que ainda recebem pelo banco pagam taxa de 9%, ante 8,7% definida em janeiro. Essa é a mesma taxa de servidores públicos que são correntistas do banco. Para os servidores públicos que além de correntistas recebem pela instituição, a Caixa cobra juros de 8,8% nos financiamentos ante 8,5% de janeiro.

O valor total do financiamento de R$ 500 mil em 30 anos ficou R$ 46,5 mil mais caro para os não clientes da Caixa e pagam a taxa balcão, de acordo com os cálculos da Anefac. Para os outros tipos de financiamento, o impacto do aumento nas taxas variou de R$ 30 mil a R$ 45 mil.

Além de subir as taxas, o banco reduziu o percentual máximo de financiamento da casa própria. O percentual máximo do LTV – a quota de financiamento – caiu de 90% para 80%. Isso significa que antes a Caixa financiava até 90% do menor valor entre a avaliação e a compra e venda. O percentual passou para 80%.

Fonte: Diario de Pernambuco

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