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Brasil e Rússia estreitam relações

15 de julho de 2014

Na véspera do início da VI Cúpula dos Brics — grupo dos emergentes integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, que será realizado hoje em Fortaleza, e amanhã, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff recebeu o colega russo Vladimir Putin no Palácio do Planalto. O encontro bilateral resultou na assinatura de oito acordos e memorandos de entendimentos para ampliar a cooperação entre os dois países em áreas nobres como defesa, ciência e tecnologia e energia. Ambos já haviam se encontrado no domingo, durante a final da Copa do Mundo, no Maracanã.

A reunião no Planalto, que era para ser de cerca de 40 minutos, durou uma hora e vinte, e atrasou a ida dos dois líderes ao almoço com a comitiva russa no Palácio do Itamaraty, previsto para as 13h. Nesta hora, Dilma e Putin apareceram para a declaração à imprensa e a assinatura dos acordos. Alguns deles foram confeccionados às pressas, e algumas das autoridades que os assinaram sequer sabiam o conteúdo, faltando meia hora do término do encontro bilateral.

O principal desses atos, firmado entre os ministérios da Defesa dos dois países, dá continuidade nas negociações para a compra brasileira de um sistema antiaéreo russo. O valor da bateria não foi revelado mas é pequeno, de acordo com fontes do setor. Mas o que interessa aos russos, segundo os mesmos especialistas, são os contratos de manutenção e de fornecimento dos foguetes, que criarão um vínculo do Brasil com os fornecedores por, no mínimo, 10 anos. 

De acordo com o memorando, o Brasil foi convidado pela Rússia para participar de exercícios militares com sistema Pantsir-S1, em agosto de 2014, e Dilma demonstrou interesse na compra do equipamento para ampliar a cooperação entre os dois países. “Instruímos nossos negociadores a dar continuidade ao acordo para aquisição, pelo Brasil, de unidades do sistema russo de defesa antiaérea. Isso porque buscamos com a Rússia uma relação de longo prazo”, disse ela. 

A Rússia é o maior destino de carne bovina brasileira. E esse é o maior poder de barganha dos russos em relação ao Brasil tanto que, de acordo com fontes extraoficiais, um grande frigorífico nacional chegou a fazer lobby para que o país comprasse o sistema antiaéreo russo.

Fonte: Diario de Pernambuco

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