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Bode expiatório (Coluna JC Negócios)

9 de fevereiro de 2006

Ontem, na solenidade de quitação da dívida do Brasil com o FMI, Lula disse que o País estaria dizendo ao mundo que já pode caminhar com as próprias pernas. A antecipação do pagamento de US$ 15,57 bilhões em dívidas com o FMI, que venceriam em 2007, é mais um ato político, para uso na campanha da reeleição. Se o Brasil não andou com suas pernas em 2005 não foi por culpa do ex-famigerado FMI.

O fato nu e cru é que o Brasil perdeu a oportunidade criada com o grande crescimento mundial. Em um cenário de grande liquidez internacional, os países devem crescer em torno de 6% ao ano. O PIB brasileiro não dá sinais de recuperação. Ontem, o IBGE divulgou que a produção industrial cresceu 0,6% em novembro, depois de encolher 1,2% no terceiro trimestre.

Os números provam que o BC errou na dose dos juros em 2005, levando o real a uma valorização histórica, em pleno cenário de câmbio flutuante. O grande incentivo ao investimento financeiro criou dificuldades para o investimento na produção, gerando sérias conseqüências para a economia real e o crescimento do País. Em 2006, só nos resta aguardar as promessas de trabalho para aumentar o investimento em infra-estrutura, melhorar o ambiente de negócios e simplificar a estrutura tributária.

Fonte: Jornal do Commercio

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