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BC aponta inflação distante da meta

13 de março de 2015

O aperto que a maioria dos brasileiros sente no bolso neste início de ano nem tão cedo deve dar uma trégua. Diante da escalada do dólar, dos reajustes na conta de luz e dos aumentos de impostos, por causa do ajuste fiscal posto em prática pelo governo, a tendência é que a inflação siga elevada e se distancie cada vez mais do centro da meta, de 4,5%. Para variar, a dureza do orçamento doméstico deve aumentar, já que, para tentar por freio na disparada dos preços, o Banco Central (BC) pesará ainda mais a mão sobre os juros básicos, de modo a tornar o custo de financiamentos mais caros para o consumidor. A avaliação, apesar de pessimista, foi feita pelo próprio BC, que traçou um cenário preocupante para o custo de vida na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem.

O documento justifica a decisão do colegiado de manter o ritmo de aperto nos juros básicos, embora o país enfrente uma severa crise de confiança e o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) sinalize que a economia enfrentará o segundo ano consecutivo de recessão. Na semana passada, em decisão já amplamente esperada pelo mercado financeiro, o Copom elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Com isso, o Brasil consolidou-se na liderança no ranking mundial de juros reais.

E ainda pode piorar. “Antes, nós achávamos que o BC estava preparando terreno para encerrar o ciclo de alta dos juros em abril, por causa da forte recessão que se avizinha. Agora, está com toda a cara de que o aperto nos juros será mantido por algum tempo”, emendou o economista-chefe da GO Associados, Alexandre Andrade.

A ata divulgada ontem elenca três grandes problemas para o consumidor em 2015: o primeiro é o encarecimento do crédito, que também tende a ficar mais escasso. O segundo decorre do esfriamento da economia, e poderá afetar com mais intensidade a renda das famílias, mesmo aquelas que nem sequer possuam dívidas em aberto. Com o PIB ladeira abaixo, obter reajustes salariais ficará cada vez mais difícil, motivo pelo qual o BC prevê que o mercado de trabalho deverá “arrefecer na margem”. Em outras palavras, as condições de emprego devem piorar a ponto de diminuírem as ofertas de emprego.

Fonte: Diario de Pernambuco

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