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Bancos privados na briga pelo crédito imobiliário

3 de agosto de 2015

Quem ainda está interessado em comprar a casa própria este ano, precisa se preparar para pesquisar e barganhar vantagens com os bancos. Isto porque as instituições privadas estão ganhando espaço em meio às mudanças de regras da Caixa Econômica, que entraram em vigor no início de maio e restringem o financiamento das unidades usadas, onde há maior demanda, para apenas 50%. Como os bancos privados resolveram manter seus limites em 80% e esticar os prazos de pagamento, a Caixa, detentora de mais de 60% do mercado, está começando a ser desafiada. Com a disputa, os consumidores ganham mais opções e poder nas negociações.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), entre janeiro e maio de 2015, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança somou R$ 38,9 bilhões, o que corresponde a uma queda de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2014. Na tentativa de evitar uma retração muito grande do crédito, o governo federal liberou R$ 5 bilhões para financiamentos imobiliários usando o FGTS pró-cotista na Caixa e no Banco do Brasil. 

Agora, mais uma vez, a tendência é que o mercado volte a se concentrar nessas instituições. Isso porque, apesar da possibilidade do uso do FGTS em qualquer instituição financeira, as linhas pró-cotistas só podem ser operadas pelos bancos públicos, o que atrairá mais clientes para a Caixa, que pode liberar R$ 4 bilhões e o Banco do Brasil, apto a usar R$ 1 bilhão em créditos.

Para o gerente de mercado de pessoa física do BB em Pernambuco, Jorge Paixão, o funding do FGTS entrou em cena para equilibrar o mercado e irá ajudar principalmente aquelas famílias da classe média que não se encaixam no Programa Minha Casa, Minha Vida. “O financiamento vale para imóveis de até R$ 400 mil e o valor máximo do programa é de R$ 171 mil, então quem está entre R$ 172 mil e R$ 400 mil será o maior beneficiado”, afirma Paixão. Para os clientes que optarem em pegar o crédito no Banco do Brasil, o limite de financiamento chega a 90% do valor do imóvel, tanto para novos quanto para usados, com uma taxa de juros de 9% ao ano. “Iremos atingir um perfil de público que não estava encontrando prestações para encaixar no bolso e isso deve aquecer o mercado”, afirma.

Fonte: Diario de Pernambuco

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