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Bancos oferecem 2% e proposta é rejeitada
28 de setembro de 2006SÃO PAULO e RECIFE – A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ontem uma proposta de reajuste de 2% este ano para os cerca de 400 mil bancários brasileiros. A proposta, a primeira que prevê reajuste após quase 50 dias de negociações, foi rejeitada pelo comando nacional de greve. Hoje, os bancários de Pernambuco continuam a paralisação e fazem nova assembléia à noite para saber se param também amanhã.
Hoje, os bancários deverão encaminhar ofício aos bancos informando da rejeição da proposta. A categoria também solicitará reunião com a Fenaban para a próxima segunda-feira ou terça-feira. Na quarta-feira da próxima semana, dia 4, haverá assembléia
Os bancários de Pernambuco cruzaram os braços anteontem e ontem. No balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, 35 agências de instituições privadas paralisaram ontem. Nos bancos públicos, 4,2 mil funcionários de um total de 5,6 mil aderiram ao movimento grevista. Anteontem, 120 mil bancários fizeram paralisação em 23 Estados e no Distrito Federal. Ontem a greve continuou em Pernambuco e em mais seis Estados.
Os bancários afirmam que o aumento de 2% não repõe nem a inflação do período – de 2,85% entre setembro do ano passado e agosto deste ano, segundo o índice de preços que serve de base para reajustes salariais (INPC).
Durante reunião realizada ontem, a Fenaban também propôs o pagamento de participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 816 de parte fixa. Nos bancos em que o lucro cresceu ao menos 25% neste ano, a PLR seria acrescida ainda de R$ 500.
Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.
No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e participação nos lucros e resultados (PLR) mínima de 80% do salário mais R$ 800. “A proposta dos bancos é menor que a do ano passado, mesmo com aumentos recordes de lucratividade”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT).
Fonte: Jornal do Commercio
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