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Banco Popular reduzirá crédito para diminuir inadimplência

20 de março de 2006

 

BRASÍLIA – Criado na segunda metade de 2004 para permitir que pessoas de baixa renda tivessem acesso a contas bancárias e a crédito, o Banco Popular do Brasil se transformou em uma fonte de prejuízos para o governo. A instituição, subsidiária do Banco do Brasil (BB), acumulou um resultado negativo da ordem de R$ 82 milhões até o final do ano passado.

Para estancar a sangria, o banco vai mudar sua forma de operar a partir de abril. “Não teremos mais a concessão de crédito automática para os clientes”, afirmou o presidente do Banco Popular do Brasil, Robison Rocha. Até agora, qualquer cliente podia ter acesso a um crédito de R$ 600 depois de 20 dias da abertura de uma “conta popular”. O resultado foi que o índice de inadimplência do banco chegou a 20% da carteira de crédito, considerado altíssimo pelos padrões do mercado financeiro.

A idéia, de acordo com Rocha, é que a concessão do crédito ocorra somente após uma análise mais cuidadosa das movimentações feitas nas contas dos clientes – como faz qualquer instituição financeira. “Queremos saber quem tem potencial de poder vir a ser, no futuro, cliente do próprio Banco do Brasil”, explicou.

A expectativa é de que o Banco Popular consiga repetir o exemplo de sucesso da conta universitária, operada pelo BB. “Muitos dos estudantes que usaram esta conta na universidade continuaram sendo clientes do BB depois de formados”, disse.

A decisão de restringir o crédito popular, explica Rocha, também ajudará a reduzir o nível de inadimplência. “Queremos trazer o percentual para algo abaixo dos 10%”, disse. Rocha admitiu que a sistemática de concessão de crédito do Banco Popular, ainda em vigor, permite que o cliente tome o empréstimo e, depois, simplesmente não apareça mais no banco. “É difícil ter controle sobre um cliente que, muitas vezes, não tem sequer endereço fixo.”

Fonte: Jornal do Commercio

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