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Bacardi de volta a Pernambuco

2 de dezembro de 2006

A última reunião do Conselho de Desenvolvimento Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), marcada para o próximo dia 19, deve trazer pelo menos três projetos de destaque. Um deles, confirmado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Alexandre Valença, é o retorno da Bacardi-Martini ao Estado. O grupo possuiu uma fábrica no bairro do Pina, na década de 1970.

Embora tenha confirmado o pedido de incentivos fiscais por parte da multinacional latino-americana, Valença preferiu não adiantar maiores detalhes. Especula-se, no entanto, que a localização da nova planta industrial do grupo deve ficar no Complexo Industrial e Portuário de Suape, onde já estão localizadas duas multinacionais do ramo de bebidas (Diageo e Pernod Ricard), além da fábrica da Cereser.

Os outros dois projetos são uma fábrica da quarta maior indústria de cerâmica do País, a paulista Gyotouku, e um projeto da norte-americana Plastipak Packaging, fabricante de pré-formas (pequenos tubos que servem para produzir embalagens PET, de plástico).

O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Nunes, explica que os americanos já tiveram um encontro com o governador do Estado, José Mendonça Filho, há cerca de duas semanas, e, por isso, o projeto deve ser encaminhado para avaliação do Condic. Uma outra fonte da secretaria confirmou o projeto da Cerâmica Gyotoku, mas também não adiantou maiores informações. Atualmente, a paulista produz 1,2 milhão de metros quadrados do produto, por mês.

De acordo com a secretaria, a operação da Plastipak será iniciada no ano que vem. O investimento, avaliado entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões, promete gerar 80 empregos diretos. A planta industrial será uma consumidora direta da fábrica de resina PET do grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G), que entrará em funcionamento em fevereiro do próximo ano. A norte-americana já possui duas fábricas no Brasil, uma em Manaus e outra em Paulínia (SP).

Segundo o secretário Alexandre Valença, a princípio a pasta não pretende realizar um balanço da atração de empreendimentos ou mesmo da arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerada pelos projetos incentivados pelo governo estadual na gestão Mendonça Filho/Jarbas Vasconcelos, na última reunião do Conselho.

A Cerâmica Gyotoku e a Bacardi-Martini foram procuradas pela reportagem do JC, mas não retornaram os contatos.

Fonte: Jornal do Commercio

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