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Auditor pode entrar em greve

5 de julho de 2012

 Em operação padrão por tempo indeterminado, os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil (RFB) decidiram continuar o movimento até o próximo dia 31 de julho. A decisão foi tomada na última semana, quando cerca de 350 auditores de todo o Brasil se reuniram em plenária nacional que aconteceu no município de Guarulhos, no estado de São Paulo. Os auditores também estão trabalhando com a operação crédito zero, na área de fiscalização tributária. De acordo com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) da diretoria do Recife, Dauzley Miranda, os trabalhadores devem entrar em greve no dia 1º de agosto, caso não haja negociação.

 
“Somente com o fechamento do mês de julho tivemos uma queda de 40% dos tributos internos como em IPI, PIS/ Confins e contribuições previdenciárias. Essa queda é mensurável e está registrada. Estamos partindo também para uma ação nos aeroportos. Em dias aleatórios, em voos internacionais, vamos realizar 100% de vistorias. Caso não haja acordo até o dia 31, pretendemos entrar em greve por tempo indeterminado”, falou.
 
Uma nova assembleia com os auditores e analistas tributários deve acontecer na próxima quarta-feira (11), na sede da delegacia sindical, às 9h30, para decidir se haverá greve por parte das categorias. Por conta da greve, importadoras e exportadoras de nove estados estão entrando com uma ação na Justiça para liberar seus produtos das alfândegas. 
 
A operação padrão já dura cerca de duas semanas e meia e muitas empresas importadoras e exportadoras estão ficando com os produtos retidos nas alfândegas. O tempo médio para a liberação dos produtos passou de um para cinco dias, chegando em alguns casos a demorar mais, principalmente nos portos. Dauzley Miranda acredita que Pernambuco terá cerca de 70% de adesão dos trabalhadores caso haja greve. “É importante salientar que, mesmo com a realização desta operação padrão, nenhum serviço deixou de ser prestado. Na última reunião com os servidores, realizada em 29 de junho, não obtivemos nada de concreto”, relatou.
 
A categoria está reivindicando um reajuste de 30,19% em cima da remuneração atual e melhores condições de trabalho nas áreas de fronteiras. De acordo com as informações da assessoria de Comunicação da Receita Federal em Pernambuco, as decisões são tomadas em nível nacional, não sendo uma decisão isolada do Estado. O órgão central que cuida dos acordos é o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Até o fim do mês o Governo Federal deve apresentar uma proposta para os servidores.

Fonte: Folha de Pernambuco

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