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ABONO – Décimo vai injetar R$ 1,1 bi no estado
10 de novembro de 2006
A liberação do décimo terceiro salário deve injetar cerca de R$ 1,14 bilhão na economia pernambucana até o final do ano. Os recursos irão beneficiar diretamente 2,3 milhões de trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas em todo o estado. Segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), em todo o país devem entrar em circulação mais de R$ 52,9 bilhões – volume correspondente a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O estudo demonstra que desse total, 56,4% ficarão nos estados do Sudeste, 16,6%, no Sul, e 14,6%, no Nordeste. O Centro-Oeste e o Norte responderão por 8,4% e 4,2%, respectivamente.
A média da remuneração dos trabalhadores com direito ao 13º no estado está estimada em R$ 626,75. Se dividida por categorias, a média dos rendimentos cai para R$ 420,91, no caso dos beneficiários do INSS, e sobe para R$ 848,69, entre os trabalhadores formais.
Apesar do injeção de dinheiro novo, os comerciantes estão cautelosos em relação às previsões de crescimento das vendas. Os mais otimistas acreditam que o abono pode representar um incremento de, no máximo, 7% neste bimestre se comparado ao mesmo período de 2005. A elevação do índice de endividamento em todas as camadas sociais é o principal obstáculo à alta nos negócios do comércio varejista.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Sílvio Vasconcelos, explicou que a antecipação da primeira parcela do 13º de parte dos funcionários públicos já provocou as primeiras reações positivas no mercado. Ele assegurou, no entanto, que como muitos trabalhadores usam o décimo para saldar dívidas, os efeitos na s vendas devem ser menos impactantes.
O superintendente da Associação dos Lojistas de Shopping, Ricardo Galdino, disse que o comércio varejistas não será muito impactado. A canalização dos recursos para pagamento das dívidas com cartão de crédito e cheque especial deve segurar grande parte dos recursos, levando a uma projeção de crescimento nas vendas de 3% a 4%.
Os empresários do setor de supermercados estão reticentes em relação ao incremento nas vendas. O presidente da Associação Pernambucana dos Supermercadistas, Geraldo José da Silva, disse que o crescimento das vendas com cartões de crédito teve um efeito negativo para quem trabalha com alimentos.
Fonte: Diário de Pernambuco
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