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A um passo da operação
5 de setembro de 2014Depois de uma lacuna de mais de 30 anos, uma nova refinaria brasileira começa a operar hoje, no Complexo Industrial Portuário de Suape. A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), a 14ª construída pela Petrobras no Brasil, inicia a fase de testes de refino do petróleo. O começo do processo estava previsto para a última quarta-feira, mas foi adiado devido a um atraso na emissão da autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o descarregamento. O aval só foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU) e garante o abastecimento até 4 de novembro, data até então oficial para o empreendimento operar. A autorização será cancelada no caso de não sejam mantidas as condições técnicas previstas.
O óleo que chega hoje vem do Rio Grande do Norte, estado estratégico na extração de petróleo, e será descarregado na área portuária. De lá, será enviado via tubovia para os tanques da Rnest. Nos domínios da refinaria, o combustível será transformado em derivados, sendo 70% de óleo diesel. A chegada do óleo cru oriundos de estados brasileiros é uma das reviravoltas do projeto. A princípio, o petróleo deveria chegar da Venezuela, que seria parceira do projeto e arcaria com 40% dos custos. Porém, como o país vizinho desistiu do negócio, o empreendimento passou por diversas mudanças para processar o óleo brasileiro.
De acordo com a professora da UFPE e presidente da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e do Petróleo da OAB, Ingrid Zanella, esta é a fase de validar a estrutura, pronta para receber esse tipo específico de óleo. “As máquinas de refino, que produzem os mais diversos produtos para atender as cadeias produtivas, são exclusivas para um tipo específico de óleo. Isso já chegou a ser um entrave. A unidade era toda adaptada para receber o óleo da Venezuela e teve que ser reestruturada para essa ‘nova’ matéria-prima”, destacou. A refinaria terá capacidade de processar 230 mil barris por dia.
O objetivo principal da Refinaria Abreu e Lima é produzir óleo diesel e complementar a oferta de combustíveis e derivados do petróleo no mercado brasileiro, que depende de importações. A unidade de Suape também produzirá outros derivados como nafta, coque, gás liquefeito, além de insumos produtivos industriais.
A obra da Rnest ficou famosa por apresentar números expressivos em todos os aspectos. O cargueiro que atraca hoje, por exemplo, traz 60 mil toneladas de óleo bruto, além de seis mil toneladas de uma mistura de petróleos, conhecida como blend. O material será descarregado no Píer de Granéis Líquidos (PGL3). Outro grande número diz respeito ao valor da obra. Inicialmente, o montante era estimado em US$ 2,3 bilhões. No último balanço divulgado pelo governo federal, o valor subiu para US$ 17,3 bilhões.
Fonte: Diario de Pernambuco
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