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À margem da recessão
15 de maio de 2015Crise? Que crise? Talvez os bancos brasileiros estejam se fazendo essa pergunta. Enquanto os principais setores da economia têm que encarar perdas, esse nicho não se abala nem nesse contexto de contração econômica. Os balanços do primeiro trimestre dos maiores bancos do Brasil listados na Bolsa de Valores mostram que seus caixas vão muito bem, com crescimento acima de 20% e se aproximando de recordes históricos.
Ontem, o Banco do Brasil divulgou seus números do primeiro trimestre deste ano, encerrando as publicações de balanços do "Top 4" das instituições financeiras que atuam no Brasil – lista onde estão Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. Juntos, eles tiveram lucro líquido de R$ 13,68 bilhões entre janeiro e março deste ano, equivalente ao produto interno bruto (PIB) anual de Serra Leoa, país africano (R$ 13,7 bilhões em 2013) ou do Estado brasileiro do Amapá (R$ 10,4 bilhões em 2012).
No Banco do Brasil, o lucro líquido atingiu R$ 3,025 bilhões, 24,2% a mais do que no primeiro trimestre de 2014. Mas quando considerada a receita extraordinária da parceria com a operadora de cartões Cielo, esse valor salta para R$ 5,81 bilhões e o avanço alcança nada menos que 117,3%. Contudo, o Itaú Unibanco é de longe o líder nos ganhos. Não só no primeiro trimestre deste ano mas também nos recordes dos melhores resultados para o período (veja quadro).
Para o consultor financeiro e diretor da Multinvest Osvaldo Luiz Moraes, a explicação para a aparente contradição entre o desempenho dessas empresas e o cenário econômico desfavorável é simples. "Os bancos têm uma coisa que nenhum outro negócio tem, uma demanda cativa. Todo mundo usa uma instituição financeira para comprar, para vender, ou em coisas simples do dia a dia". Na visão de Osvaldo, isso permite que essas companhias tenham facilidade para impor taxas e preços de serviços, inclusive para quem está pendurado no cartão de crédito ou no cheque especial devido à redução do poder de compra, corroído pela inflação.
Além disso os bancos controlam o preço de algo extremamente necessário no dia a dia de pessoas e empresas: dinheiro. "Os bancos tomam dinheiro muito barato e vendem caro, com taxas sempre muito acima da taxa básica de juros (Selic), independentemente da situação econômica", critica.
Integrante dos Conselhos Federal e Regional de Economia (Cofecon e Corecon PE), Fábio Silva lembra que os bancos também se valem de outra fonte de ganho, a tesouraria. "Eles são grandes detentores de títulos públicos, com ganhos muito expressivos", explica. Fábio esclarece que esses papéis são atrelados à Selic, então seu rendimento aumenta ainda mais quando a taxa sobe. Desde outubro do ano passado, a Selic subiu cinco vezes.
Fábio Silva também comenta que a carteira de crédito – outro produto em que o repasse dos juros é forte – segue crescendo. "Mesmo que desacelere, segue em alta", pontua. Ele acrescenta que o consignado, que tem risco praticamente nulo para os bancos, tem ampliado sua participação no mix desses empréstimos. Contudo, o economista acredita que as instituições começam a ficar mais atentas ao risco de inadimplência, que, como a outra face da moeda, também evolui à medida que os juros aumentam. No primeiro trimestre deste ano, a inadimplência passou de 3,5% para 3,6% no Bradesco e de 1,97% para 2,05% no Banco do Brasil – ambos aumentaram suas provisões, reservas para cobrir possíveis calotes. Já Itaú e Santander registraram quedas e ambos estão em 3%.
Fonte: Jornal do Commercio
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