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A classe média

3 de abril de 2007

A classe média já merecia um refresco, um reforço ou, para ser mais realista, a inicial “r” no meio da palavra. Servia para identificar melhor essa parte da sociedade formada pelo assalariado de nível médio, pelo profissional liberal, o professor, o jornalista, o médico, o cidadão enfim que pena nos aeroportos, que paga pela educação, pela saúde e taxas de proteção até para ir a um restaurante. Sem praticamente nada receber dos serviços públicos.

Espremida entre as mazelas do dia-a-dia, a escalada da violência, os tributos injustos e os juros de agiota, a classe média definha. Em meio às notícias otimistas de crescimento e de prometidas acelerações da economia, para esses cidadãos o futuro é incerto, recheio do indigesto “sanduíche Brasil”.

É fato que as classes mais pobres estão tendo acesso ao consumo. O bolsa família, as facilidades do crédito, colocaram mais alimentos na mesa dos despossuídos e, apesar dos problemas que surgem quando o consumo chega primeiro do que educação, não há como desprezar o ganhode quem nada teve.

Mas, se do andar de cima vem a insuportável pressão do governo tributarista, o ônus de ter que pagar pelo atendimento médico, pela educação, por uma aposentadoria civilizada, no meio do tiroteio a classe média não tem como escapar. Nem da violência física, nem da carga tributária retirada mês a mês da folha de pagamento. Fragilidade e endividada, em breve, nem poderá carregar a pesada carga tributária.

Periódicos

Dias desses, o professor José Souto Maior Borges, um dos mais respeitados tributarista do país, dizia na TV-U da impossibilidade de se acompanhar racionalmente o sistema brasileiro. Com toda razão. Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostra que no país, a cada dia útil, são criadas 56 normas tributárias. 2,3 por hora.

Fonte: Diário de Pernambuco

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