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2015 será melhor que o previsto
19 de dezembro de 2014O bloco de investimentos de R$ 100 bilhões que aportou em Pernambuco nos últimos anos vai sustentar o dinamismo da economia pernambucana acima do Nordeste e do Brasil. As projeções da Ceplan Consultoria para 2015 é de crescimento de 2,31% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O país deverá ficar com taxa de 0,32% e a Região Nordeste com 1,21%. A produção de óleo diesel e de derivados de petróleo da Refinaria Abreu e Lima e a entrada em operação da fábrica da Jeep, com a produção de veículos, são os diferenciais que deverão alavancar o PIB estadual para um novo patamar no cenário regional e nacional.
A XVIII Análise Ceplan apresentada ontem, com os cenários econômicos mundial, nacional, regional e local, confirma o descolamento do PIB pernambucano do restante do Nordeste e do país. A economista Tânia Bacelar, sócia-diretora da Ceplan, avalia que a economia do estado sai da etapa de construção das obras e entra na fase operacional, com o papel preponderante do funcionamento das novas empresas. “Agora entra o diferencial da indústria de petróleo e gás, a construção de navios e a produção de veículos. Muda a estrutura do produto industrial de Pernambuco”, pontua.
O economista Jorge Jatobá, sócio-diretor da Ceplan, aponta outros diferenciais que devem alavancar o PIB de Pernambuco nos próximos anos. Ele cita como exemplo a indústria criativa, incluindo a tecnologia da informação (TI), além das produções culturais e artísticas, com atividades que agregam valor e renda ao PIB. Segundo ele, outro investimento importante é o Centro de Tecnologia da Fiat, previsto para ser instalado na antiga fábrica Tacaruna, que vai agregar a pesquisa e o conhecimento ao estado.
Mesmo com o otimismo do cenário local, os economistas da Ceplan Consultoria alertam para as dificuldades da economia mundial e brasileira em 2015 e para o aperto fiscal que deve ser adotado pelo segundo governo Dilma. Jatobá diz que o Brasil vivencia um período de baixo crescimento econômico com a inflação em alta e baixa taxa de investimento. Outro fator preocupante é a crise de duas grandes empresas públicas (Petrobras e Eletrobrás), o que poderá provocar a perda de grandes investimentos externos, pela quebra da confiança e da credibilidade, motivadas pelos casos de corrupção.
Para completar o cenário adverso, Jatobá chama a atenção para o câmbio valorizado e a falta de investimentos da indústria nacional, o que retira a produtividade do setor frente à economia nacional e mundial. O economista defende ajustes na atual política de reajuste do salário mínimo, hoje atrelada ao PIB de dois anos anteriores e à inflação. “O novo governo terá que conectar o crescimento da produtividade com o salário mínimo, para realinhar os preços da indústria”, assinala.
Fonte: Diario de Pernambuco
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